Entrevista
Para As 3 de Lés a Lés, 3 irmãs unidas não só pelos laços de sangue, mas também pela paixão de viajar e pelo entusiasmo pela natureza, a estrada representa uma infinitude de oportunidades de aventuras partilhadas. Maritza, Jennifer e Daiana guardam na sua memória os tempos em que, nas férias escolares, aproveitavam para explorar o que as rodeava, hábito que mantêm até aos dias de hoje. Inseparáveis e curiosas, o espírito entusiasta do grupo levou-as a querer descobrir cada vez mais territórios, partilhando as suas viagens nas redes sociais. A vontade de mostrarem à família e aos amigos as suas peripécias fê-las começar a partilhar cada experiência nas suas páginas, o que rapidamente escalou para um público mais abrangente, que desejava seguir as suas viagens e descobertas.
Quisemos saber mais e fizemos uma pequena entrevista. Conheçam As 3 de Lés a Lés!
Como é que esta paixão pelas viagens começou?
Desde pequenas, ainda do outro lado do Atlântico, recordamos momentos e experiências simples, em contacto com a natureza. Há já umas décadas em Portugal, agora crescidas, e embora com caminhos académicos/profissionais diferentes, sempre que possível combinamos escapadinhas ou férias juntas, em família. (…) Quando começámos a ser mais autónomas e independentes (financeiramente e no que toca a mobilidade), começámos a organizar as nossas próprias saídas e passeios exploratórios nas férias e até a participar em viagens organizadas. Atualmente, sempre que possível aproveitamos feriados, fins de semana e parte das férias de todas para poder viajar juntas.
Por que razão decidiram comunicar as vossas aventuras nas redes sociais?
Nunca fomos muito de partilhar individualmente as nossas escapadinhas nas redes sociais, embora familiares e amigos já soubessem que gostamos muito de passear e até participassem em algumas connosco. Mas (…) quando fomos dizendo a alguns familiares e amigos/as qual seria a nossa aventura no verão de 2019, muitos/as nos pediam para acompanhar ao detalhe essa “loucura” (achamos que alguns pensaram que seria mentira). A verdade é que nesta altura as redes sociais já continham muitas “páginas de viajantes” (…) muitas de casais, ou a solo, uma ou outra de grupos de amigos, mas nenhuma, em Portugal, de irmãs! E a ideia foi surgindo nesse caminho!
O que também pesou na criação das páginas foi não só o poder ter os amigos e familiares a acompanhar-nos “quase em tempo real”, mas também o conceito diferente de ser um grupo de irmãs, e ainda o facto de ser a viagem pela Estrada Nacional 2, de autocaravana. Na altura ainda muito pouco falada, e muito raro ser percorrida neste meio de transporte (publicação sobre esta aventura).
Foram as mais novas a tratar de viabilizar a coisa com a informação disponível na altura, e desde o 1º dia de 7 em que a Estrada Nacional 2 foi o nosso destino de férias, fomos diariamente partilhando as etapas e algumas peripécias. O que não estávamos à espera é que as páginas (no Instagram e no Facebook) começassem mesmo a ser seguidas por muitas mais pessoas fora do nosso núcleo de amigos e familiares.
E quando a viagem pela Nacional terminou, achamos que seria interessante continuar a “alimentar” o espaço com outras experiências… e assim foi e tem sido!
O que mais vos motiva para a prática de caminhadas e de turismo de natureza?
Talvez as motivações de cada uma das 3 possam ter ligeiras diferenças, mas a verdade é que passamos tanto tempo fechadas dentro de paredes (…) que se torna quase terapêutico e necessário aproveitar cada oportunidade de estar ao ar livre.
As 3 partilham de uma característica: se nos derem a escolher entre roteiros de cidade com visitas a museus/monumentos ou roteiros com trilhos com vegetação diversa, rios, cascatas ou outros pontos naturais (e não só) de interesse, a nossa escolha recai para esta última opção. (…) Sem dúvida que temos um gosto especial pela Natureza (património natural biológico e geológico) e reconhecemos as vantagens para a saúde física e mental. E pode ser relativamente económico, que é uma característica que apreciamos manter nas nossas escapadinhas.
Outra coisa que prezamos bastante, é explorar e partilhar lugares “menos batidos”, mais discretos, fora da esfera do chamado “turismo de massas” para o qual não temos muita paciência!
Se tivessem de escolher um Top 3 de Percursos da App Geonatour, que rotas elegeriam?
Aproveitamos esta questão para reconhecer o grande valor do vosso trabalho, que se traduz também nesta ferramenta bastante útil para quem gosta deste contacto com a natureza aliado à componente pedagógica. Já vos acompanhamos pelas redes sociais há algum tempo (arriscamos dizer que desde o começo!), e tem sido engraçado ter a “vossa companhia” em alguns locais que já fomos explorando pela região centro, como foi o caso do Trilho das Árvores Notáveis.
Claro que não podemos esquecer o pequeno Percurso Interpretativo da Livraria do Mondego (Penacova) e do Penedo Furado (Vila de Rei), ambos pontos obrigatórios de paragem para quem faz a Nacional 2 que nos é tão querida e especial.
Destacamos também PR2 CDN Rota do Sicó que já fizemos várias vezes e gostamos bastante, numa delas aproveitamos também para explorar um pouco de outras zonas próximas de Condeixa (Soure, Montemor-o-Velho e Penela, por exemplo).
Mas só 3 é difícil e ficaria de fora a GR49 Grande Rota do Bussaco que gostamos bastante e ainda não podemos dizer que a conhecemos totalmente… e ainda o PR3 CNT Rota do Calcário que também é interessante.
Para finalizar, podem-nos falar um pouco sobre as vossas próximas viagens/aventuras?
Temos imensas opções, uma lista grande…, mas falta sempre tempo para tudo e sincronizar agendas a 3 não é fácil! Embora o nosso maior foco seja o nosso país, claro que temos na nossa lista algumas opções fora do país (algumas foram suspensas pela pandemia e ainda não tivemos oportunidade de as voltar a considerar nos planos).
Aproveitando o mote da utilização da App Geonatour, queremos aproveitar para explorar melhor a Figueira da Foz, nomeadamente a Serra da Boa Viagem que “ficou de lado” no verão passado quando fomos explorar parte da costa usando dentro do possível, a Estrada Atlântica apenas. Queremos também explorar melhor a N16, e já temos referenciados alguns dos vossos percursos (que estão em Oliveira de Frades). E assumimos que estamos a falhar com o interior do país, nomeadamente com Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. São zonas que queremos conhecer em breve.
Obrigado pela vossa disponibilidade e vamos continuar a acompanhar as vossas aventuras!
Façam como as As 3 de Lés a Lés e quando fizerem um dos nossos percursos compartilhem uma fotografia nas redes sociais (Facebook e Instagram), utilizando o #geonatour e identificando a Geonatour, através do @geonatour.
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